São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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Castelo traz de volta o período das cruzadas

CLAUDIO WAKAHARA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em Homs, terceira maior cidade da Síria, nada resta dos tempos em que era conhecida como Emesa, cidade e pátria de Heliogabalo, imperador de Roma.
Importante nó de tráfego, situada a meio caminho entre Damasco e Aleppo, essa cidade industrial é utilizada mais como base para a visitação das ruínas do castelo cruzado Crac des Chevaliers, situado a uma hora de viagem da cidade.
A partir de Homs podem ser atingidas também as regiões de Palmira, a leste, e Latakia, no litoral do Mediterrâneo, a oeste.
O Crac des Chevaliers (localmente conhecido como Al Hussun) é o castelo do tempo das cruzadas que está em melhor estado de conservação no Oriente Médio.
Ele está localizado em uma posição estratégica sobre "a passagem de Homs", que é o único ponto de travessia na cadeia de montanhas que separa o interior da Síria do mar Mediterrâneo.
O castelo foi erigido sobre as bases de uma fortaleza curda conquistada pelos cruzados no ano de 1110, permanecendo sob seu domínio por mais de um século.
Composto por um bloco central, onde se localizam a capela, a mesquita, os aposentos e os banhos, o castelo é cercado por uma muralha interna -fortificada e de ângulo bastante obtuso- e por uma segunda muralha, externa à primeira, onde estão os elementos defensivos, os estábulos e as torres.
Em algumas partes ainda pode ser visto o fosso que circundava a totalidade da construção.
No bloco interno, uma sucessão de pátios comunicam e hierarquizam os espaços. A decoração é realizada em estilo medieval, sendo abundantes os arcos ogivais, as torres e as abóbadas.
(CW)

Serviço: coletivos partem da rodoviária de Homs com destino a Al-Hussun (R$ 0,15)
Horário de visita do castelo: das 9h às 18h
Ingresso: R$ 4

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