São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997 |
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Convocação extra divide governistas LDO deve ser votada antes do recesso DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A convocação extraordinária do Congresso em julho para votar as reformas constitucionais -em especial a administrativa, a previdenciária e o FEF (Fundo de Estabilização Fiscal)- divide a base governista.O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), disse ontem que a suspensão do recesso parlamentar é "inevitável". "Nós temos experiências anteriores de que a descontinuidade dos trabalhos não é saudável." Inocêncio afirma ter ouvido a mesma opinião do presidente Fernando Henrique Cardoso na semana passada. "A reforma administrativa já estará no Senado e a previdenciária terá voltado para a Câmara. Nós precisamos desse mês para ganharmos o prazo de tramitação das emendas", afirmou Inocêncio. O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse ontem que a convocação não está sendo cogitada pelo presidente. O líder do PMDB, deputado Geddel Vieira Lima (BA), discorda. "Não vejo o menor sentido nessa convocação", afirmou. Para Geddel, o Congresso atrasou as votações por falta de mobilização e não será em um mês que vai recuperar o tempo perdido. "O mundo não acabou, nem vai acabar por causa disso", afirmou. Os líderes do governo na Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e do PSDB, Aécio Neves (MG), estão trabalhando para evitar a convocação extraordinária, assim como o ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos). Luís Eduardo quer concluir neste mês todas as votações importantes. Para Aécio, se a Câmara conseguir votar a reforma administrativa e o FEF até o final do mês, e o Senado concluir a reforma previdenciária, não haverá necessidade da convocação. A Constituição estabelece que o Congresso não pode entrar em recesso enquanto não aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias. "A LDO está bem adiantada na Comissão Mista de Orçamento. Com certeza, o plenário poderá votá-la neste mês", disse Aécio. Texto Anterior: Senado quer votar reformas na terça Próximo Texto: Comissão decide se ministro irá depor Índice |
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