São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997 |
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Quebra da estabilidade deve ser votada na Câmara na quarta Governo não acredita na aprovação antes das eleições de 98 MARTA SALOMON
A quebra da estabilidade, prevista na reforma administrativa, deverá enfrentar seu primeiro teste no plenário da Câmara na quarta-feira, depois de mais de dois meses de tentativas frustradas. Mesmo que reúna o apoio de 308 dos 513 deputados, a quebra da estabilidade só deverá estar garantida depois de outros cinco turnos de votação no Congresso. O líder do governo, deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), avalia que o projeto será modificado no Senado, levando o texto de volta à Câmara. A estratégia para a votação será definida na última hora, depois que Luís Eduardo receber o resultado de uma consulta aos deputados da base política do governo (PFL, PMDB, PSDB, PPB e PTB). Os questionários começam a ser distribuídos hoje, e as respostas vão determinar o tamanho das concessões que o governo poderá fazer para atrair votos dos aliados. O principal desafio da cúpula política do governo é tentar reverter as resistências à reforma na própria base parlamentar do Planalto. Na quarta-feira passada, 27,8% dos potenciais governistas foram contra, faltaram ou se abstiveram na votação do dispositivo que permitia a criação de tetos salariais inferiores aos da cúpula da administração federal. PMDB, PPB e PTB registraram defecções superiores a 34% de suas bancadas. O ministro Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração) já avalizou a redução de cinco para três anos do período de trabalho proposto para que o servidor concursado seja considerado estável no emprego. Atualmente, os concursados ganham estabilidade após dois anos de serviço. Texto Anterior: Setor privado deve R$ 16 bi a São Paulo Próximo Texto: Temer lança candidatura no PT e critica "hesitação" do partido Índice |
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