São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
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Museu transforma visitantes em críticos

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA ENVIADA ESPECIAL

"É uma obra interessante porque não é só uma pintura. A parte de trás revela a face menos sofisticada do artista, mais próxima de suas origens."
"É o trabalho mais interessante de Roger Brown e mostra a influência da arte primitivista."
"Não gostei."
Opiniões como essas, simples ou até sofisticadas, não foram emitidas por nenhum crítico de arte ou especialista em pintura. São exemplos de comentários feitos pelos visitantes do Museu de Arte Contemporânea de Chicago, gravadas e divulgadas para o público como parte do programa "Talk Back".
A cada mês, o museu escolhe uma obra de arte e a coloca próxima de um miniestúdio de televisão. Nas últimas semanas, a obra era "Autobiography in The Shape of Alabama", do americano Roger Brown, que mostra, de um lado, uma pintura e, do outro, o reverso do que seria a porta de entrada de uma casa.
Quem quiser gravar sua opinião precisa apenas entrar no estúdio e acionar, por meio de um único botão, a câmara de TV. Os comentários são editados e apresentados durante vários dias.
O projeto é um dos pontos altos do museu e permite que o visitante comum se sinta um pouco como crítico de arte. Ele pode comentar sobre arte de forma geral, se preferir, mas bobagens e brincadeiras não são apresentadas.
O museu também reúne uma grande coleção de esculturas e móbiles de Alexander Calder, numa ala especialmente dedicada ao seu trabalho.
(CGF)

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