São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997![]() |
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'Meia ponte' será liberada em 60 dias
MARCELO OLIVEIRA
A ponte dos Remédios é formada por duas pontes paralelas. A que rachou é a que funciona no sentido Osasco-São Paulo. A outra, São Paulo-Osasco, apresenta problemas estruturais. Por causa do escoramento, a marginal perdeu faixas nos dois sentidos no trecho sob a ponte. Isso provoca lentidão no tráfego, pois os caminhões têm de desacelerar para passar entre as escoras. O cronograma e os custos da obra foram anunciados pelo prefeito Celso Pitta e pelo secretário de Obras e Vias Públicas, Reynaldo de Barros, após a inauguração de uma creche no jardim Ana Rosa, zona sudeste de São Paulo. Ao todo serão gastos R$ 6,2 milhões na recuperação das duas pontes. Segundo o prefeito, novas pontes custariam R$ 22 milhões. Trincas A pista São Paulo-Osasco da ponte dos Remédios não apresenta rachaduras, mas, segundo o secretário Reynaldo de Barros, tem problemas estruturais. "Ela tem algumas trincas e, segundo os técnicos, essa situação pode se agravar. Os cabos também estão corroídos." Segundo o secretário, será feito na pista com menos problemas o que já está sendo feito do lado Osasco-São Paulo, cuja reforma deve terminar em cinco meses. "Vamos abrir uns buracos, atingir as estruturas, fazer protensão (amarramento das estruturas) e fazer uma laje de reforço para que ela possa aguentar mais carga." Terminada a reforma, a ponte São Paulo-Osasco operará em mão dupla até que termine a obra na outra ponte. "Assim desafoga a aflição dos moradores da Vila dos Remédios, que estão sem ponte." Segundo Pitta, já foram gastos R$ 1,7 milhão na ponte. O término da reforma da ponte Osasco-São Paulo -a que rachou- consumirá mais R$ 2 milhões. A da ponte São Paulo-Osasco, R$ 2,5 milhões. Frio é culpado Segundo Reynaldo de Barros, se a protensão (amarração das estruturas com cabos de aço) demorasse um pouco mais no lado Osasco-São Paulo da ponte dos Remédios, a obra teria desabado. "Nós seguramos uma ponte que, fatalmente, passadas mais 12 horas, cairia. Mais uma noite fria e a vaca iria para o brejo." Segundo os engenheiros que trabalharam na recuperação da ponte, o frio da noite paulistana foi o "grande vilão" da reforma. A cada queda de temperatura, a estrutura da ponte se retraía e ela cedia mais. Na última noite antes da execução da protensão, a ponte cedeu 4,1 cm. Com a protensão, a ponte já "subiu" 9,8 cm. Texto Anterior: Doenças comprometem qualidade de vida Próximo Texto: Novo viaduto será feito em 98 Índice |
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