São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Ministro nega desvio de CPMF

NOELLY RUSSO
DA REPORTAGEM LOCAL

"É mentira. É coisa de gente que não tem o que fazer", disse o ministro da Saúde, Carlos César Albuquerque, sobre as acusações da deputada federal Jandira Fegali (PC do B-RJ) de que parte do dinheiro arrecadado com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) estaria sendo desviado da área da saúde para outros setores do governo.
O ministro negou as acusações e mostrou à reportagem da Folha em um site na Internet, rede mundial de computadores, tabelas que mostram o uso da CPMF, como prova de que não há desvio.
"É muito fácil acusar uma pessoa, rasgar um travesseiro de plumas e fazer esse coitado sair catando as plumas", disse ele.
Albuquerque afirmou que a arrecadação com a CPMF, atualmente em torno de R$ 2 bilhões, é usada no pagamento de dívidas com prestadores de serviços de saúde, dívidas contraídas pela extinta Ceme (Central de Medicamentos), compra de vacinas e medicamentos, financiamento para Estados e municípios, em programas como o do leite e o de combate à dengue.
Albuquerque elogiou o ex-ministro Adib Jatene, idealizador da lei que transfere os recursos da CPMF para o setor da saúde.
Ele não respondeu se pretende efetivar o imposto. "Algumas pessoas são boas em criar um tipo de coisa. Outras são boas em outras. Jatene fez o que achou necessário. Faço outras coisas, sou ministro de Fernando Henrique."
(NR)

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