São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Cadeira de rodas põe paraplégico em pé

DA REPORTAGEM LOCAL

A 4ª Hospitalar, inaugurada ontem, traz novidades em tecnologia hospitalar e um bom mercado para comparar preços de materiais de reposição necessários aos hospitais, como seringas, bisturis e agulhas.
O evento termina dia 20 e reúne 462 expositores de vários países. É a feira que serve como referência para toda a América Latina. A organização espera que 45 mil profissionais ligados à área da saúde compareçam este ano.
Entre as novidades que mais chamavam a atenção na feira estava uma cadeira de rodas da fábrica francesa Demetec, que permite ao paraplégico que fique em pé.
Ela tem um suporte peitoral e outro nas pernas para evitar que a pessoa caia. Um mecanismo acionado pela própria pessoa faz com que a cadeira levante.
O equipamento já está disponível no país, mas seu preço pode ser considerado alto: R$ 5.700,00.
Outra cadeira de rodas, esta de fabricação brasileira, da Jaguaribe, foi feita para pessoas obesas. A diferença entre ela e os demais modelos é a maior largura no assento, 50 centímetros. A cadeira pode aguentar até 130 quilos.
Dois bonecos, o P-10 e o Crisis, de fabricação da empresa alemã Graftec, prometem poupar pacientes de verdade de virar cobaia na mãos dos residentes.
Isso porque o P-10 vem equipado para "sofrer" uma traqueotomia (corte feito na traquéia para permitir a respiração), receber sondas e oxigênio. Caso o enfermeiro ou estudante façam o procedimento correto, o coração do P-10 começa a bater. Caso contrário, é bom que o procedimento tenha sido aplicado em um boneco.
O Crisis ensina a tirar sangue, medir a pressão e observar a dilatação de pupilas tudo com um sistema digital. Ele tem "veia" para que estudantes e enfermeiros aprendam a tirar sangue. O sangue, artificial, é introduzido no boneco por um tubo. O P-10 custa R$ 10 mil e o Crisis, R$ 7.500,00.
Hospital contemporâneo A empresa de arquitetura AL+M montou um mini-hospital que pretende ser um modelo para a criação de instalações mais adequadas ao atendimento médico.
A preocupação é tornar o ambiente hospitalar mais agradável ao paciente e mais funcional ao médico.
Entre as soluções apresentadas estão novos materiais de construção de paredes, de gesso, iluminação, revestimento de piso, tintas especiais para substituir azulejos, entre outros.
Contra a infecção hospitalar, a empresa planejou mais ambientes para que os profissionais lavem as mãos. Um aparelho para destruir seringas, agulhas e bisturis também foi apresentado. A destruição desses itens é obrigatória desde 96.

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