São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Homem morre após ver filhos assassinados

DO NP E DA REPORTAGEM LOCAL

O pedreiro Francisco Lopes de Souza, 64, morreu de ataque cardíaco após ver seus dois filhos serem assassinados.
O crime aconteceu na casa de Souza, na rua Valentin Kamaroff, em Carapicuíba (Grande São Paulo), na noite de anteontem.
Segundo a polícia, os dois filhos de Francisco, João Lopes Ribeiro, 28, e Josué Lopes Ribeiro, 37, estavam assistindo ao jogo entre Brasil e México, pela Copa América, na casa de Josué, que fica no andar de cima da casa de Francisco.
Junto com eles estavam os seguranças Jetson Martins de Carvalho, 22, e Wellington Carneiro Salazar, 20, todos amigos.
Francisco estava em sua casa, no primeiro andar do prédio. No térreo há uma igreja evangélica.
Televisão
Por volta das 21h30, dois homens armados invadiram a casa, subiram ao segundo andar e atiraram nas quatro pessoas.
Ao ouvir os tiros, Francisco subiu as escadas e encontrou as pessoas baleadas e seus dois filhos mortos.
Segundo o delegado Brasílio G. Filho, titular da delegacia de Carapicuíba, o pedreiro era evangélico e não permitia que seus filhos assistissem televisão.
Ao ver a TV ligada, ele considerou o aparelho culpado pelas mortes e o atirou pela janela. Uma TV que estava desligada no quarto também foi arremessada pela janela pelo pedreiro.
Em seguida, ele teve o ataque cardíaco, foi levado ao pronto-socorro municipal de Carapicuíba e morreu.
Feridos
Segundo a polícia, João e Josué foram baleados no peito e na cabeça e morreram na hora.
Jetson e Wellington também foram levados ao pronto-socorro de Carapicuíba. Eles foram operados e, segundo os médicos, não correm risco de vida.
Os dois homens que praticaram o crime não haviam sido identificados pela polícia até a noite de ontem.
O delegado Brasílio afirma que o crime deve ter sido cometido por causa de dívidas de alguma das vítimas com traficantes de drogas.
Além dos quatro baleados, Roseli Saldanha de Souza, 28, mulher de João Lopes Ribeiro, estava na casa na hora do crime. Grávida, ela foi poupada pelos acusados.
"Um homem apontou a arma para mim, eu abaixei, mas ele desistiu de atirar", afirmou.

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