São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Embraer fecha contratos de US$ 1,38 bi

MARIA REGINA ALMEIDA
DA FOLHA VALE

A Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), de São José dos Campos (SP), fechou dois supercontratos para a venda do jato regional EMB-145 no valor de US$ 1,38 bilhão.
Os acordos prevêem a venda de 92 unidades do modelo para as companhias aéreas norte-americanas Continental Express e American Eagle.
Os contratos estão sendo formalizados pela Embraer na 42ª Feira Internacional de Aeronáutica e Espaço de Le Bourget, que acontece na França até domingo.
O primeiro acordo, envolvendo a venda de 47 jatos para a American Eagle, subsidiária da American Airlines, foi fechado ontem.
Hoje, o presidente da empresa, Maurício Novis Botelho, faz o anúncio oficial do contrato com a companhia Continental. São 25 aviões por US$ 375 milhões.
O contrato amplia para 50 o total de aviões encomendados pela Continental Express.
O valor total do acordo passa para US$ 750 milhões e transforma a empresa norte-americana na maior compradora do EMB-145.
O primeiro acordo fechado pela Continental Express foi em setembro do ano passado. Ela fez uma encomenda de 25 unidades do modelo e já recebeu dez.
Os dois contratos são os maiores da história da Embraer, que completa neste ano 27 anos de fundação. Os acordos elevam para 107 o total vendido de EMB-145, modelo lançado em dezembro de 96.
Parte das vendas será viabilizada por meio de um financiamento inédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social).
A empresa informou que o aumento da produção vai exigir a contratação de novos funcionários. O número de vagas ainda não foi calculado.
American Eagle
Para atender ao contrato com a companhia American Eagle, a Embraer vai desenvolver uma nova versão do EMB-145, de maior alcance e de maior potência que o modelo atual.
A indústria canadense Bombardier, fabricante do modelo Canadair RJ, disputou com a Embraer os contratos com a Continental Express e a American Eagle.
A Embraer e a Bombardier fabricam os dois únicos aviões do mundo para 50 passageiros.
O diretor de Assuntos Corporativos da Embraer, Cláudio Moreira, disse que a definição pela aeronave brasileira representa a consolidação do EMB-145 entre os modelos regionais com até 50 assentos.
A Embraer informou que a decisão da American Eagle se baseou em uma avaliação comparativa, que envolveu testes com as aeronaves e pesquisas com passageiros.

LEIA MAIS sobre a Embraer na pág. 2-6

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