São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil decide se vai manter restrições às importações

DO ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

A partir de hoje, o Brasil decidirá se mantém abertas as exceções ao Mercosul em relação às restrições para o financiamento de importações, adotadas em abril de 96.
Os diplomatas brasileiros que conduzem as negociações em Assunção garantem que a decisão será do ministro Pedro Malan (Fazenda) e do presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.
"O assunto não está sendo discutido pelo Grupo Mercado Comum. O Brasil se comprometeu a fazer uma avaliação da medida e é isso que acontece a partir de amanhã (hoje)" , disse o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, chefe da Divisão Mercosul do Ministério das Relações Exteriores.
As restrições brasileiras às importações são o principal conflito nessa reunião do Mercosul. O embaixador Jorge Campbell, chefe da delegação argentina, disse ontem que espera uma solução.
"Esperamos que seja desenhado um regime especial de financiamento ao comércio exterior para o Mercosul", afirmou.
As importações financiadas em período inferior a 360 dias precisam ser pagas no momento em que o produto é desembarcado no país.
A exceção aberta ao Mercosul dá prazo de pagamento de dois meses para operações entre US$ 10 mil e US$ 40 mil. Mas o acordo perde a validade a partir de 31 de julho.
Alca
A pressão dos Estados Unidos para a formalização da zona de livre comércio em todo o continente americano está agilizando a discussão dos problemas internos do Mercosul. Essa avaliação é um dos poucos pontos de consenso entre brasileiros e argentinos.

Texto Anterior: Divergências emperram as negociações
Próximo Texto: As áreas de conflito no Mercosul
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.