São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997![]() |
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Presidente dos EUA lança plano de ajuda à África Propostas procuram intensificar comércio com o continente CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Com a primeira-dama a seu lado e diante de diplomatas africanos e líderes parlamentares do governo e da oposição, Clinton disse ter recebido grande influência de sua mulher ao preparar o pacote. Hillary Clinton visitou a África em março e voltou com a aparente disposição de tornar o desenvolvimento africano a sua mais nova bandeira política. Ela disse ontem que ficara impressionada com o crescente comprometimento de países africanos com reformas econômicas e políticas desejáveis. O programa inclui empréstimos para criar um fundo de US$ 500 milhões a serem investidos em telecomunicações, hidrelétricas e infra-estrutura; garantias de US$ 150 milhões para empresas particulares investindo na região e maior acesso ao mercado norte-americano para 1.800 produtos da área. Clinton espera receber apoio para a sua iniciativa durante a cúpula dos sete países mais ricos do mundo, que se realiza no próximo fim-de-semana em Denver, Colorado, oeste dos EUA, e tornar a África o principal tema da reunião. No ano passado, o grupo dos países mais ricos aprovou em Lyon, França, um programa a ser aplicado pelos Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial para reduzir o estoque da dívida dos países mais pobres da África. O primeiro beneficiado foi Uganda. A "Iniciativa para a África" só ajudará países que estejam empenhados em "reformas coerentes para abrir e liberalizar suas economias", disse o governo dos EUA. O principal líder da oposição nos EUA, o presidente da Câmara dos Representantes (deputados), Newt Gingrich, apóia o projeto. O candidato à Vice-Presidência do país em 1996, Jack Kemp, esteve na solenidade representando a oposição. O projeto de Clinton vai beneficiar a região do sub-Saara, uma das mais pobres do mundo, com 48 países e 650 milhões de habitantes. Segundo o presidente, "este é um momento de tremendas promessas para os povos da África". Gingrich disse que apóia a iniciativa porque os norte-americanos têm "laços emocionais e psicológicos com a África sem similares com os que têm com qualquer outra região do mundo". Texto Anterior: Reforma das instituições dividem líderes Próximo Texto: A derrota do câncer Índice |
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