São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997
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Rodoanel prevê casas para desapropriados

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Estado vai iniciar estudos para a construção de habitações populares para abrigar os moradores de baixa renda que vão ser desapropriados em virtude das obras do rodoanel metropolitano.
O anel viário (que interliga as rodovias de São Paulo) deve ser iniciado em maio de 1998, após a liberação do Consema (Conselho Estadual do Meio Ambiente).
O primeiro trecho da obra deve ser concluído em dois ou três anos (ligando a estrada velha de Campinas à Régis Bittencourt, passando pela Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco e Raposo Tavares).
Ontem, durante a exposição do projeto na Assembléia Legislativa, o secretário estadual dos Transportes, Plínio Assmann, afirmou que as desapropriações serão a principal dificuldade para a obra.
"O problema não é o custo. Há uma grande população de baixa renda na região do primeiro trecho que terá de ser deslocada para outros terrenos", disse Assmann.
O secretário diz não saber quantas pessoas serão desapropriadas. "Vamos ter de pensar em projetos de habitações populares. Não queremos apenas pagar as desapropriações. A intenção é oferecer uma alternativa para que outras áreas não sejam invadidas."
O rodoanel vai ter 161,5 km e deve custar cerca de R$ 2,8 bilhões. Com as desapropriações, o governo pretende gastar R$ 456 milhões, segundo o secretário.
Assmann estima que cerca de 40 mil caminhões vão deixar de utilizar as marginais por dia quando a obra estiver pronta.
A obra será feita em parceria com o governo federal e a Prefeitura de São Paulo.
O Estado vai bancar 42%, a União, 21,5% e a prefeitura, 21,5%. O resto (15%) será pago pela iniciativa privada.
A empresa que ganhar a concorrência pública poderá explorar os pedágios em regime de concessão.

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