São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Impostos acentuam o déficit

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos maiores problemas econômicos do governo -alterar ou não a política cambial- poderia ser resolvido sem qualquer desvalorização do real se fosse aprovada a reforma tributária, segundo opinião do estudo da Fipe.
A redução nos custos de produção que viria com a eliminação de impostos indiretos e do efeito de impostos em cascata equivaleria a uma desvalorização cambial.
O impacto dessas mudanças sobre a balança seria suficiente para fazer o déficit comercial cair para 0,7% do PIB (US$ 4 bilhões). A previsão para 1997 é de um déficit superior a US$ 12 bilhões.
O estudo tomou como base os resultados para a economia que viriam da extinção de uma série de impostos e da fusão de outros cuja base tributária é semelhante.
A extinção do PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) já poderia significar uma melhora de cerca de US$ 3 bilhões no saldo comercial, pelo impacto tanto sobre as exportações como sobre as importações.
O estudo não analisa, porém, apenas os efeitos da reforma tributária sobre o setor externo.
Os economistas também chegaram à conclusão, por exemplo, de que a redução dos impostos diretos sobre os lucros das empresas, conforme a proposta encampada pela Fipe, criaria um crescimento do lucro líquido de 12,16%.
Com lucros maiores, as empresas poderiam, por sua vez, investir mais e gerar empregos.

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