São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Investimento cresceria R$ 5,5 bi

DA REPORTAGEM LOCAL

A reforma administrativa, em tramitação no Congresso, poderia resultar na ampliação da capacidade de investimento do governo em cerca de R$ 5,5 bilhões.
Esse ganho viria porque a reforma, conforme a proposta do governo federal ao Congresso, teria impacto direto sobre os gastos da União com pessoal e consumo.
Em vez de despender seus recursos nessas contas, o governo teria mais dinheiro para investimentos.
Nos três últimos anos, segundo cálculos dos economistas da Fipe que levantaram o custo do atraso na aprovação das reformas, as despesas com pessoal e encargos consumiram cerca de 21% dos gastos totais do governo, sendo 13% a parcela destinada para os funcionários do Executivo e o restante para os militares e membros do Legislativo e Judiciário.
A parcela destinada pela União para investimentos foi menor, de apenas 5%, entre 1994 e 1996.
Os gastos com pessoal representam atualmente cerca de 4% do PIB, enquanto os gastos com investimento significaram 1%.
Com as medidas da reforma administrativa, o governo poderia reduzir em 20% os gastos com pessoal -ou 0,8% do PIB. Os recursos absorvidos no pagamento de salários poderiam ser redirecionados para investimentos.
Além disso, o estudo da Fipe calcula que toda redução de gastos com pessoal resulta também em diminuição nas despesas de custeio do governo -originando ganho de mais de 0,4% do PIB.

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