São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Setor privado também ganharia

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo ganharia com a reforma da Previdência, mas também haveria ganhos substantivos para as empresas privadas.
O custo atual de cada trabalhador para empresas é 37,7% maior do que o seu salário bruto (13 salários mensais mais adicional de férias), no caso do setor privado.
Uma reforma da Previdência que reduzisse a taxa de contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social de 25,4% da folha salarial para 15% permitiria que o custo do trabalho caísse para 22,7%.
O impacto dessa redução nos custos do trabalho seriam muito grandes para o conjunto da economia, segundo o estudo da Fipe feito por encomenda da Fiesp: poderia haver a criação de 1,2 milhão a 1,8 milhão de empregos. A medida poderia ajudar o PIB a crescer 3,3% adicionais.
No Chile, país em que o sistema previdenciário era muito semelhante ao brasileiro antes de ser modificado, estima-se que a reforma exerceu um efeito direto sobre a taxa de crescimento da economia da ordem de 1% a 2,7% ao ano.
Para fazer esses cálculos, os economistas levaram em consideração a hipótese de a reforma da Previdência ser feita em duas etapas.
Depois que a redução das contribuições tiver tido todos os seus efeitos em termos de emprego, salários e nível de produção, começaria a segunda etapa, cujo objetivo seria transformar a Previdência de sistema de repartição simples em sistema de capitalização, já que nos moldes atuais isso é inviável.

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