São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997 |
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Fluidez do trânsito diminui a poluição
MAURO TAGLIAFERRI
Teoricamente, com 20% dos veículos afastados das ruas por dia, a redução da emissão de poluentes (de origem veicular) na atmosfera também deveria ser de 20%. Os cálculos da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), no entanto, levam a um número menor: 14,3% de diminuição na poluição. Só que a redução total no índice de emissão de poluentes esperada pela Cetesb para esse rodízio é de 23%. A diferença, ainda segundo Cláudio Alonso, fica por conta da melhoria no trânsito. "O ganho com a fluidez é muito alto. Mesmo o carro que está na rua passa a poluir menos. Isso reforça a tese de que temos mesmo de retirar uma parcela dos veículos das vias públicas", afirmou ele. Os carros a gasolina e a álcool são responsáveis por 75% da emissão de monóxido de carbono (CO) e 74% da de hidrocarbonetos (HC), de acordo com as estimativas da Cetesb (veja quadro nesta página). Em 1996, o rodízio impediu que 329 toneladas de CO fossem lançadas à atmosfera por dia, somente com a retirada dos veículos das ruas. A menor quantidade de congestionamentos bloqueou a emissão de outras 200 toneladas/dia do poluente, no mesmo período. "Temos análises bem completas do comportamento da poluição atmosférica em São Paulo. Com toda segurança, ela é de origem veicular", disse Alonso. Para ele, em relação às indústrias, os veículos teriam desvantagens: poluem a cidade inteira, já que são móveis, e à altura da respiração. "Quando você recebe uma baforada do escapamento de um caminhão, ela vai direto para o nariz. Quase não há tempo para diluição", acrescentou. (MT) Texto Anterior: Estamos formando robôs Próximo Texto: Opções de transporte durante o rodízio Índice |
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