São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Paulistano promete respeitar mais em 97

DA REPORTAGEM LOCAL

O respeito ao rodízio 97 promete ser maior que no ano passado. Pesquisa Datafolha feita de 9 a 11 de junho mostrou que 98% pretendem respeitar a restrição.
No ano passado, 90% manifestaram intenção de obedecer à restrição, em levantamento feito às vésperas da operação. No primeiro dia de 96, houve 88,5% de respeito, segundo a Secretaria do Meio Ambiente. Na média, a obediência ficou na casa dos 95%.
O rodízio deste ano enfrenta o desafio de ser mais prolongado. Em 96, foi realizado só até o final de agosto. Este ano, começa em junho, se prolonga por julho -mês de férias- e agosto, podendo ser prorrogado em setembro.
Agora, a fiscalização parece estar mais bem montada. A secretaria diz contar com cerca de 800 fiscais contratados, enquanto em 96 só dispunha de 400 de seus funcionários, mais policiais militares do trânsito e aspirantes.
Municípios da área abrangida também firmaram convênio para multar com seus fiscais, ficando com metade do valor das multas.
Número impreciso
Não foi superada, para a edição deste ano, a imprecisão da forma de calcular a obediência à operação. A Secretaria do Meio Ambiente apura o respeito ao rodízio com base na proporção das placas que estão circulando, não levando em conta o fluxo real de veículos.
Um exemplo concreto: em cinco minutos em determinada rua, os organizadores do rodízio contam 80 veículos com placas autorizadas a circular e só 2 com os finais obrigados a ficar na garagem.
Estima-se, então, que teriam passado por ali 20 carros com os dois finais proibidos, não fosse pelo rodízio. Isso porque passaram 10 veículos com cada final de placa liberado (8 vezes 10).
O problema é que, se todos os motoristas que têm o final proibido usassem um segundo carro, o cálculo concluiria que houve 100% de obediência; só que o número de carros na rua continuaria igual e a operação não traria benefício para o trânsito ou para o ar.

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