São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997
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Venda de cartões cresce até 311% com Real

JULIANA GARÇON
DA REPORTAGEM LOCAL

O Plano Real alavancou as adesões aos cartões de crédito e alterou o conceito de uso do "dinheiro de plástico", que passou a ser usado nas compras do dia-a-dia.
O Banespa Visa tinha 90 mil cartões vendidos no final de 94, ano de seu lançamento. Atualmente, está na marca de 370 mil, ou seja, acumula crescimento de 311,11%.
Se alcançar 500 mil até o final do ano, o aumento em três anos será de 455,55%. O faturamento em 96 foi de US$ 250 milhões.
Os cartões Bradesco somavam 2,2 milhões no final de 96, contra 1,35 milhão em dezembro de 94. Cresceram quase 63% desde a implantação do Real. Para 97, a expectativa é crescer mais 30%.
A Credicard passou de 5 milhões de cartões, em 94, para 7,6 milhões, em 96, com faturamento de US$ 12 bilhões. Cresceu 52% e quer crescer mais 15% em 97.
A empresa constatou alteração no uso do "dinheiro de plástico": os gastos com alimentação aumentaram 84% entre 94 e 97. Com vestuário, caíram 34,6%.
"O portador assimilou a cultura do cartão, que deixou de ser símbolo de status. As pessoas passaram a usá-lo no supermercado e no posto de gasolina", diz Sady Dalmas, vice-presidente de assuntos corporativos da Credicard.
Apesar da popularização do cartão, as administradoras dizem que a taxa de inadimplência não subiu.
São unânimes em apontar a estabilidade econômica e a queda da inflação como as alavancas do cartão. "Antes, valia a pena comprar com cartão e investir antes do pagamento da fatura ou usar cheque pré-datado", diz Sati.
Ele acha que o "plástico" ajuda a controlar o orçamento, pois o portador vê o quanto e em quê gastou.
Para Gerônimo Galliano, presidente da administradora de cartões Banespa, as causas da disseminação dos cartões são a segurança e a praticidade. "Os estabelecimentos sabem que não terão problemas para receber."

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