São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997 |
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BC de Hong Kong teme especulação
GILSON SCHWARTZ
Yam está na posição desde 1993 e deve continuar depois da devolução. Ele começou sua carreira como estatístico, passou a economista e fez carreira na burocracia do banco central de Hong Kong. O próprio Yam, entretanto, reconheceu ontem que apesar de a liberdade de movimento de capitais ser total em Hong Kong, há preocupação com as relações financeiras entre a região e a China. Diante de movimentos especulativos, a intervenção do banco central nos mercados pode ser inevitável e é viável com o atual nível de reservas, que equivale a mais de cinco vezes o dinheiro em circulação. Yam declarou que mantém contatos estreitos e diários com as autoridades monetárias chinesas, monitorando o fluxo de capitais. A "exuberância" especulativa, em Hong Kong, concentra-se principalmente no mercado imobiliário, que responde por 41,7% dos créditos do sistema bancário. Há preocupação também com os movimentos especulativos com ações de empresas estatais ou paraestatais chinesas que captam recursos no mercado de Hong Kong. Além dos riscos da especulação imobiliária e com ações, a Autoridade Monetária reconhece que adota uma atitude excessivamente conservadora com relação às reservas internacionais. A orientação atual é utilizar a maior parte das reservas (US$ 62 bilhões ou o equivalente a 10,7 meses de importações) para manter a estabilidade cambial. Hong Kong abriga hoje o quinto maior mercado de câmbio no mundo. O território fica em sétimo lugar em termos de reservas externas. A China está em segundo lugar, com reservas externas de US$ 115 bilhões. Taiwan, em terceiro, tem US$ 89 bilhões. Os Estados Unidos têm US$ 68 bilhões em reservas. Yam reconhece que há um excesso de reservas e declarou que haverá uma reunião depois da devolução para reexaminar os princípios de atuação da Autoridade Monetária de Hong Kong. A reunião anual do Fundo Monetário Internacional ocorrerá este ano em Hong Kong. O território luta para abrigar o escritório regional do FMI, mas por enquanto o privilégio é do Japão. (GS) Texto Anterior: Ativistas vêem traição de EUA e Reino Unido Próximo Texto: Chuva preocupa pirotécnicos Índice |
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