São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997
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Como foi o assassinato, segundo os criminosos e a Polícia Civil

1 - Em 19 de novembro de 92, José Carlos Alves dos Santos e sua mulher, Elizabeth Lofrano Alves dos Santos, jantam no restaurante Versailles, em Brasília, onde ficam até as 23h50. José Carlos já havia acertado com o detetive Lindauro da Silva o assassinato de sua mulher, por US$ 100 mil

2 - O casal sai do restaurante e, no automóvel Monza de José Carlos, se dirige ao Lago Norte. No final da av. W-3, José Carlos pára o carro, após receber um sinal de que um pneu havia furado. Atrás do Monza, encosta um Opala, de onde sai Lindauro. Ele entra no carro do casal. Ana Elizabeth, tonta, não reage

3 - Os três seguem, no Monza, para o Lago Norte. Atrás, vai o Opala, dirigido pelo mecânico Valdei José dos Santos. Param atrás de uma caixa-d'água, e Ana Elizabeth é passada para o Opala. José Carlos ajuda a amordaçar sua mulher com fita adesiva e lhe põe um capuz. Lindauro amarra os pés e as mãos da mulher

4 - Os carros pegam a BR-020 até chegar à DF-020, rumo a Brasilinha. José Carlos e Lindauro vão no Monza. Valdei segue no Opala, com Ana Elizabeth no porta-malas. Param em um entroncamento. No Opala, Lindauro e Valdei seguem por uma estrada de terra. José Carlos aguarda no Monza

5 - O Opala pára em uma clareira. Lindauro e Valdei retiram Ana do carro e a levam até uma cova que já estava aberta havia quatro meses

6 - Lindauro bate com uma picareta na cabeça de Ana Elizabeth. Ele e Valdei a jogam na cova. Como ela ainda se mexe, Lindauro pedras em sua cabeça e em seu peito. Enterram-na ainda viva

7 - Os dois reencontram José Carlos. Com os dois carros, voltam à BR-020. José Carlos arranca o toca-fitas do Monza e o entrega a Lindauro. Com as mãos amarradas, entra no porta-malas do Monza

8 - Por volta das 4h20, Lindauro liga para a casa de José Carlos e avisa onde ele pode ser encontrado. Neste momento, José Carlos já está solto

- A versão de José Carlos Alves dos Santos
1 - Após deixar o Versailles em seu Monza, o casal é seguido por um Opala, dirigido por um homem barbudo, que lhe sinaliza que o pneu do Monza está furado. O casal pára o carro e é abordado pelo "barbudo", que lhe aponta um revólver, anuncia o assalto e entra no Monza

2 - Em seguida, o assaltante ordena que se dirijam até a BR-020. No caminho, apodera-se de R$ 80 e do relógio de José Carlos e da bolsa de Ana Elizabeth. Entram em uma estrada de terra. O assaltante manda parar o carro e diz ao marido que desça. Ana Elizabeth fica no Monza, rezando

3 - Surge um segundo assaltante, de pele clara, mais alto que o primeiro e de cabelos loiros. Os dois amarram José Carlos com seu próprio cinto e o colocam dentro do porta-malas do Monza. O Monza voltou pela estrada de terra. Depois, pára por cerca de 15 minutos e volta a se movimentar, sempre com José Carlos no porta-malas, e volta a se movimentar, pegando uma estrada de asfalto

4 - Após andar mais um pouco, o Monza pára novamente. Os assaltantes dizem a José Carlos, que está no porta-malas, que ele deveria ficar quieto por um tempo, sem avisar a polícia que sua mulher havia sido sequestrada, e conseguir dinheiro para o resgate. José Carlos consegue escapar do porta-malas e, com o Monza, volta a casa

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