São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997 |
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Entenda o conflito em Minas Gerais - Desde março o comando da PM sabia da insatisfação dos praças com os baixos salários. Relatórios foram elaborados pelos comandantes das unidades em BH e enviados para o Comando Geral. O governador Eduardo Azeredo sabia dos riscos - 6 de junho: O governo anuncia o reajuste dos oficiais, entre 10% e 20%. Os praças não tiveram nenhum reajuste - 11 de junho: PMs demonstram insatisfação com os salários e com os riscos a que estão expostos no enterro do cabo Glendyson Hércules de Moura Costa, 31, baleado por assaltantes - 12 de junho: Inicia-se a greve em pelo menos quatro batalhões. Os PMs paralisaram o policiamento ostensivo. Registram as ocorrências, mas não dão sequência a elas. O Comando Geral nega a existência de greve. - 13 de junho: 400 policiais fazem passeata em BH. O governo abre negociações e diz que já pediu aprovação à Assembléia Legislativa para dar aumento para os policiais por meio de decreto. Azeredo adia viagem à Europa -15 de junho: Azeredo considera a crise contornada e viaja para a Europa em missão comercial -16 de junho: O Comando da PM divulga nota afirmando que vai apurar os fatos, mas que não vai haver punição aos grevistas e manifestantes -18 de junho: O comandante da PM mineira, coronel Antônio Carlos dos Santos, diz que promoverá mudanças internas no comando da PM, se continuar no cargo. Ele reconhece que a crise era previsível e que houve falha de comunicação com a tropa para explicar o reajuste dos oficiais -21 de junho: Azeredo retorna da Europa, anuncia o abono fixo de R$ 102 para os praças da PM e detetives da Polícia Civil. Caem também dois oficiais do Comando Geral (Estado Maior e CPC -Comando de Policiamento da Capital) -22 de junho: O novo comandante do CPC, coronel Edgar Eleotério Cardoso, destitui o comando do Batalhão de Choque -24 de junho: Em assembléia, praças rejeitam a proposta do abono e saem em passeata. Encontram-se com mil detetives da Polícia Civil e, já com cerca de 5.000 manifestantes de vários batalhões, seguem até o Palácio do Governo e o Copom. Os manifestantes tentam invadir o Copom (Comando da Polícia Militar). O cabo Valério dos Santos Oliveira é atingido na cabeça por uma bala. O Exército ocupa o Palácio da Liberdade e fica de prontidão. O governo reabre negociações. -25 de junho: Policiais dos batalhões de Choque e de Trânsito não saem às ruas. Chegam a BH três blindados do Exército. Representantes dos policiais se reúnem com o alto comando da PM, e o governo promete apresentar nova proposta no dia seguinte. Policiais de outras cidades mineiras fazem manifestações. Suspeito de ter ferido o cabo no dia da revolta se apresenta e é preso -26 de junho: O policiamento começa a voltar ao normal em BH. Depois de nova reunião de negociações, o governador Eduardo Azeredo anuncia reajuste salarial de 48,2% para soldados, cabos, sargentos e subtenentes da PM e para detetives da Polícia Civil Texto Anterior: Novo 'provão' radiografa polícias do país Próximo Texto: Inquérito apura se houve crime Índice |
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