São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Pesquisa mostra Pitta em último

DA REPORTAGEM LOCAL

A praça forte do malufismo, a cidade de São Paulo, não está gostando da administração de Celso Pitta (PPB), afilhado político de Paulo Maluf.
Eleito no embalo do prestígio de Maluf, Pitta amarga o último lugar entre os onze prefeitos de capitais pesquisados pelo Datafolha entre os dias 18 e 20 de junho. Pitta tem apenas 19% de aprovação, contra 36% de veto dos eleitores paulistanos.
A nota média de Pitta é de 4,2. Em pesquisa feita em março, o prefeito tinha quinze pontos percentuais a menos no item reprovação. O ótimo bom caiu outros cinco pontos.
No período entre as duas pesquisas do Datafolha, Pitta foi citado no caso da CPI dos Precatórios e sofreu críticas por causa dos problemas causados pela ponte dos Remédios.
O líder do ranking dos prefeitos é o pedetista Cássio Taniguchi, de Curitiba. A nota média dele é de 6,4, com 49% de ótimo e bom. Os dados sugerem que Jaime Lerner, governador do Paraná e patrono da candidatura Taniguchi em 96, parte com um cacife na capital do Estado se tentar a reeleição.
Raul Pont (PT) mantém a tradição petista em Porto Alegre. A nota média de Pont é 5,9, com 51% de bom ou ótimo. O Rio Grande do Sul é a maior esperança do PT para eleger governador em 98.
A pesquisa do Datafolha atesta ainda que os goianos, majoritariamente, não têm queixas de seus dirigentes. O prefeito Nion Albernaz (PSDB) não chega a repetir a liderança de Maguito Vilela (PMDB) entre os governadores, mas fica com o terceiro lugar na disputa com os colegas. O tucano tem nota 5,8 e o sim absoluto de 48% dos entrevistados em sua cidade.
Roberto Magalhães (PFL), prefeito de Recife, apresenta a mesma nota de Albernaz, mas sua taxa de aprovação é menor (37%).
Célio de Castro, eleito prefeito de Belo Horizonte pelo PSB com uma votação consagradora em 96, é o dono do quinto lugar entre os prefeitos de capitais. Castro recebe 5,6 de nota e 34% de aprovação.
Salvador, o último reduto importante da oposição estadual que foi conquistado pelo grupo do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) na eleição municipal de 96, olha com desconfiança o prefeito atual, Antonio Imbassahy.
O indicado por ACM ocupa o sexto lugar, com nota 5,5, mas tem 22% de reprovação. A maior parte do eleitorado de Salvador (40%), no entanto, continua cacifando Imbassahy.
Juraci Magalhães, o peemedebista que comanda Fortaleza, não repete no início da administração os índices que obteve em gestão anterior. Magalhães equilibra-se entre os 38% de sim e os 27% de não do eleitorado da capital cearense.
Dificuldade também é vista para Luiz Paulo Conde, o pefelista que é prefeito do Rio. Conde, eleito no ano passado graças ao apoio do então prefeito César Maia, é apenas o nono entre os onze prefeitos, com nota média de 5,1.
A margem de erro da pesquisa em São Paulo é de três pontos percentuais para mais ou menos. No Rio, é de quatro pontos. Nas demais capitais, a margem é de cinco.

Texto Anterior: Aliados de FHC e Maluf são reprovados em São Paulo
Próximo Texto: Veja como está a avaliação em 12 Estados
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.