São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Correção privilegia raciocínio e ignora erro leve de português
BETINA BERNARDES
Só erros graves de português devem gera perda de pontos. "Erros de concordância devem ser levados em consideração, mas os de ortografia, se não forem crassos, provavelmente não. O que interessa mais é a capacidade de argumentação", diz Maria Helena Guimarães de Castro, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Todas as provas terão uma parte aberta. Serão cinco questões discursivas para administração, veterinária e odontologia. Em direito, serão propostos quatro casos jurídicos. O graduando escolherá um deles para elaborar um parecer. Nas provas das engenharias civil e química, todas as questões serão discursivas. Correção repetida Cada resposta terá uma banca específica para analisá-la e dar uma nota. Ela passa por, no mínimo, duas pessoas. Se houver disparidade, como o primeiro avaliador dar nota 4 à questão e o segundo, nota 8, a resposta passa a um terceiro integrante da banca e os critérios usados na correção são discutidos. "Nos primeiros dias da correção discute-se muito porque está sendo elaborada uma grade de respostas com as possibilidades de pontuação", diz Jocimar Archangelo, diretor de Avaliação do Ensino Superior do Ministério da Educação. Quando a pergunta é elaborada, a banca já tem expectativa de respostas, que formam a grade preliminar. "Mesmos assim, é preciso pegar uma amostra de respostas dos alunos e verificar se elas estão enquadradas nesse grande mapa inicial", diz Archangelo. "Muitas vezes o estudante dá respostas que não previstas e que são plenamente satisfatórias." Nesse caso, elas são acrescentadas à grade de correção. "Em matemática, por exemplo, já chegamos a propor na grade preliminar quatro tipos de respostas. Depois do trabalho amostral, a grade chegou a oito", conta o diretor. Texto Anterior: PARTICULARES Próximo Texto: No Rio de Janeiro, PUC critica e UFRJ recua sua posição de 1996 Índice |
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