São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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No Rio de Janeiro, PUC critica e UFRJ recua sua posição de 1996

DA SUCURSAL DO RIO

O reitor da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica, na Gávea, zona sul do Rio), padre Jesus Hortal Sánchez, critica alguns critérios da avaliação feita pelo provão.
Na análise da qualidade dos professores, por exemplo, o MEC faz uma avaliação baseada em "uma simples conta numérica", sem levar em conta o perfil da experiência profissional dos professores.
Para Sánchez, o MEC não avalia adequadamente a importância de um curso de direito que pode não ter um grande número de professores com dedicação exclusiva mas, em compensação, apresenta um bom percentual de profissionais gabaritados, como juízes e promotores.
No provão passado, houve um boicote maciço dos estudantes de direito. Assim, a PUC ficou prejudicada, recebendo conceito C na avaliação do curso.
O conselho universitário da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro, na ilha do Fundão, zona norte do Rio) foi contra a realização do último provão. Agora, a UFRJ é a favor.
O vice-reitor da universidade, José Henrique Vilhena de Paiva, 52, disse que o conselho não era contra o provão em si, mas contra sua realização na época, porque não estariam sendo aplicados "todos os índices de avaliação".
Agora, segundo ele, o MEC vem implantando outros programas de avaliação. Medidas que "estão sendo estruturadas" e que poderão estar funcionando de forma integrada até o próximo ano.
Segundo o coordenador do DCE da PUC-RJ, Fausto Trindade, 33, a UNE errou ao não puxar "uma grande discussão sobre o provão". Para ele, a mobilização está fraca em todo o país.
A estudante Fabiana Pinto, 22, da executiva da UEE, diz que o boicote no ano passado "foi super positivo" e nega que a mobilização este ano esteja fraca.

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