São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Crise cambial do México em 1994 inaugura períodos de turbulência
DA REPORTAGEM LOCAL Em seus três anos de duração, o Plano Real presenciou alguns momentos de turbulência.A crise cambial do México, em dezembro de 94, afetou os investimentos estrangeiros no Brasil logo no início do governo de Fernando Henrique Cardoso. Em março de 95 o BC foi obrigado a queimar parte das reservas internacionais para ajustar as contas externas diante da fuga de capitais. Apesar desse início, a equipe econômica teve de enfrentar dois outros momentos críticos, que foram mais duradouros e se manifestaram mais de uma vez nesses três anos. A onda de inadimplência do primeiro semestre de 95 foi um deles. O fim do imposto inflacionário sobre as classes de menor poder aquisitivo impulsionou as vendas no comércio. O Natal de 94 foi caracterizado por grande atividade econômica, que levaria o governo a frear a economia por meio da elevação das taxas de juros. O governo temia que o superaquecimento da economia provocasse a volta da inflação. A onda de inadimplência de pessoas físicas e jurídicas que se seguiu foi recorde. No segundo semestre de 95, surgiu mais um momento de turbulência, que foi chamado de início da crise bancária. Em 11 de agosto o Banco Central decretou intervenção no Banco Econômico, cuja carteira tinha volume demasiado de créditos de difícil liquidação. Também sofreram intervenção no mesmo dia o Mercantil e o Comercial. Em novembro foi a vez do Banco Nacional. Para facilitar incorporações no setor, o governo criou o Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional). O programa prevê financiamento aos bancos que se interessem em adquirir instituições sob intervenção. O Proer já destinou cerca de US$ 20 bilhões ao sistema financeiro. Texto Anterior: Lucro de estrangeiro com juro é menor Próximo Texto: Inadimplência é menor em 97 Índice |
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