São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Brasil desafia barreira dos 15 minutos
ARNALDO RIBEIRO; ALEXANDRE GIMENEZ
Neste período, a equipe vai jogar de forma cadenciada, procurando não errar passes. O grande objetivo do time é não tomar gols. Além disso, nesse intervalo de tempo, os jogadores devem analisar o poderio boliviano e, principalmente, "medir" os efeitos da altitude de La Paz (3.660 metros acima do nível do mar). Muitos dos atletas jamais jogaram na altitude e não sabem como devem se comportar na partida desta tarde. Não sabem se devem imprimir o ritmo normal ou se devem dosar as energias para o segundo tempo, quando o rendimento de todos costuma cair. "Após os 15 primeiros minutos, já estaremos, de certa forma, aclimatados à altitude", prevê o zagueiro Gançalves. "Vou jogar como sempre jogo. Se eu cansar ou me sentir mal, peço para sair", afirmou o meia-atacante Denílson, estreante na altitude, sem se preocupar com a queima de uma substituição. Naturalidade Para o atacante Ronaldinho, outro que nunca jogou na altitude, o melhor também é "ignorar o problema". "Vou jogar como se estivesse em Barcelona ou em qualquer outra cidade do mundo, sem me preocupar com a altitude. Vamos ganhar da Bolívia, da altitude, dessa coisa toda", afirmou. Para os mais experientes, porém, o time deve ter cautela. "Está comprovado cientificamente que o rendimento dos atletas cai no segundo tempo dos jogos disputados em cidades muito altas. Não podemos chegar na segunda etapa mortos. É muito arriscado", afirmou o meia-atacante Leonardo. Alucinados O técnico Zagallo está preocupado principalmente com os jogadores que costuma correr alucinadamente durante os jogos "normais". São os casos do volante Flávio Conceição, do meia-atacante Denílson e dos laterais Cafu e Roberto Carlos. Pelo regulamento da Copa América, cada treinador pode fazer três substituições, mais a do goleiro, durante as partidas. Zagallo prevê que, de qualquer forma, pelo problema da altitude, fará as três alterações permitidas diante dos bolivianos. (AR e AGz) Texto Anterior: Zagallo quer acabar com a síndrome de vice-campeão Próximo Texto: Taffarel teme bola mais veloz Índice |
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