São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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WEI K'UEN GE SUBINDO À TORRE DO GROU AMARELO; LI PO NA TORRE DO GROU AMARELO; MAO TSE-TUNG NA TORRE DO GROU AMARELO WEI K'UEN GE SUBINDO À TORRE DO GROU AMARELO o troar do rio longo engole a confluência dos adeuses: sem que nada o detenha despenha-se rumo ao nascente vermelho ondas tumultuadas -dez mil acres!- o vento clama ao céu na areia dos barrancos à hora do sol-pôr os crocodilos roncam galgando a torre apoio-me ao longo das doze balaustradas volátil um chuvisco súbito me refresca umedece-me a roupa a onda branca espadana mais alta que a colina do grou amarelo água e montanha: à paisagem meus olhos se enturvam de mágoa cabelos em desalinho sussurro versos solitário vou bebendo meu vinho: ts'ing lien por certo não era aquele gênio imortal pois temeu confrontar-se com o poema de hao ts'uei- embriagado assopro minha flauta de ferro para voltar pedirei aos celestes um grou amarelo LI PO NA TORRE DO GROU AMARELO adeus a meng hao-jan que parte para kuang-ling velho amigo -do oeste da torre do grou amarelo (lua três: névoa em flor!) desces para o leste rumo de yang-chou uma vela sozinha silhueta longínqua dissolvida no azul: só se avista o rio longo que deságua no céu MAO TSE-TUNG A TORRE DO GROU AMARELO vastas vastas águas: os nove afluentes fluem no país funda profunda linha: fio que alinhava de norte a sul chuva e fumaça: bruma cinzento-azul vagueando vaga serpente e tartaruga ferrolhos no curso do grande rio o grou amarelo se foi -para onde? a torre sobrou: pausa e pousada para quem viaja -ergo meu copo de vinho ao torvelinho d'água: maré do coração tão alta como as ondas! Texto Anterior: A Torre do Grou Amarelo de Li Po a Mao Tse-tung Próximo Texto: A Torre do Grou Amarelo de LI Po a Mao Tse-tung Índice |
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