São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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Pesquisa indica que 35% querem independência

JAIME SPITZCOVSKY; GILSON SCHWARTZ
DOS ENVIADOS ESPECIAIS

Uma pesquisa divulgada no fim da semana passada em Hong Kong mostrou que 35% dos entrevistados apóiam a idéia de independência do território, e 19% gostariam que o poder britânico continuasse. A reunificação com a China foi a opção de cerca de 40% dos entrevistados.
A sondagem foi publicada pelo "South China Morning Post", o principal jornal em inglês de Hong Kong. O resultado sugere contraste com pesquisas anteriores do próprio jornal, que indicavam crescente confiança da população no futuro do território.
Uma das explicações para o contraste seria a crença de que a China não vai interferir na economia -o que explicaria a confiança no futuro-, mas persistiria no território a resistência ideológica ao regime comunista de Pequim, o que explicaria o apoio à independência ou à manutenção do poder britânico.
O levantamento também confirma que o Partido Democrático é o mais popular de Hong Kong. Descrito como "subversivo" por Pequim, teria 44% dos votos.
Segundo o "South China Morning Post", eleições livres e democráticas em Hong Kong provavelmente resultariam num governo comandado por Martin Lee, o líder do Partido Democrático.
A partir da 0h de terça-feira, será crime em Hong Kong a defesa da idéia de independência, pois ela ameaça a "integridade territorial" do país.
O governo chinês anunciou que não vai permitir em Hong Kong, assim como no resto do país, defesa da independência do Tibete.
A China enfrenta o nacionalismo tibetano. A região está sob ocupação militar chinesa há mais de 40 anos e o líder budista do Tibete, o Dalai Lama, comanda um governo no exílio, instalado na Índia.
(JAIME SPITZCOVSKY E GÍLSON SCHWARTZ)

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