São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Nike paga auditoria no exterior The Wall Street Journal DO "THE WALL STREET JOURNAL " A Nike divulgou relatório feito por Andrew Young, ex-embaixador dos EUA na ONU, afirmando que as condições de trabalho nas fábricas no exterior são comparáveis às dos EUA, diz o jornal.Young, no entanto, visitou as fábricas por apenas algumas horas, acompanhado por funcionários da empresa. O que, diz o jornal, afetou a credibilidade do relatório. "A Nike é talvez a mais conhecida companhia a se ver envolvida em acusações de abuso na exploração de trabalhadores em fábricas no exterior, mas não é a única", comenta o "Wall Street". "Um número crescente de empresas que fabricam seus produtos em países com mão-de-obra barata, como a Nike, estão adotando códigos de conduta e pagando consultores para fazer auditorias e vigiar a implementação das regras", escreve o jornal. "Eu esperava mais independência dele", disse Medea Benjamin sobre a auditoria feita por Young. Medea dirige a Global Exchange, ONG de defesa dos direitos humanos sediada em San Francisco. O próprio fato de que medidas como as da Nike estejam rapidamente se tornando usuais levanta a suspeita de que estas sejam só medidas cosméticas para melhorar a imagem das empresas. "É muito cedo para julgar o valor desses códigos de conduta", diz Fred Munger, da Verite, um empresa de consultoria de Amherst, Massachusetts, que monitora aplicação desses códigos. "Um código, por si só, é um passo, mas ele tem de ser realmente aplicado", disse Munger ao jornal. Young visitou 12 fábricas da Nike no Vietnã durante um período de 40 dias. Ele esteve também na China e na Indonésia. "As fábricas são fisicamente tão limpas e tão modernas quanto qualquer fábrica que eu tenha visitado nos EUA", disse ele em seu relatório. Sobre a acusação de que os salários são baixos, a repórter do "Wall Street" em Hanói informa que eles variam de acordo com a região em que a fábrica está. "Na fábrica de Sam Yang os trabalhadores conseguem guardar até 40% do seu salário. Em outros lugares os trabalhadores dizem que o salário é baixo, mas eles preferem as fábricas a trabalhar no campo", escreve Samantha Marshall. Texto Anterior: Cozinha francesa recria uso das ervas Próximo Texto: Filho de Pablo Picasso se opõe a viagem de 'Guernica' Índice |
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