São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997 |
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Vassouras ficam firmes com acessórios
DA REPORTAGEM LOCAL A metalúrgica de Marcus Mantovani, 40, cresceu, nos últimos cinco anos, fabricando produtos especialmente para quem não gosta de vassoura jogada atrás da porta.O principal produto da empresa, que emprega hoje 25 funcionários, é um porta-objetos. A Spinning, fábrica de Mantovani, produz mensalmente cerca de 2.000 unidades do prendedor feito de plástico e alumínio. "Estamos vendendo bem esse tipo de utilidade doméstica. Muitas pessoas procuram novas formas de organizar melhor a casa", diz. Mas, ao contrário do que se pode pensar, o utensílio, segundo o empresário, não foi criado somente para as donas-de-casa. "Nosso prendedor também pode ser usado para martelos e raquetes de tênis, por exemplo." Segundo Mantovani, outro produto que também tem ganhado adeptos no mercado é um porta-toalhas feito de metal. "Fabricamos, em média, quase 2.000 por mês." A empresa produz 14 produtos de utilidade doméstica: desde um abridor de vidros de compotas até um fixador de portas. "O setor tem um grande potencial a ser explorado. Nós procuramos trabalhar com produtos diferenciados." A Spinning também decidiu simplificar alguns produtos, como o porta-vassouras, que custa R$ 15 para o consumidor. A fábrica passou a produzir um suporte mais simples, feito de aço, que sai por cerca de R$ 5 nas lojas. "Estamos buscando atender às classes D e E, que passaram a comprar mais com o Plano Real. Hoje, as pessoas podem comprar utensílios que não são tão básicos." Apesar de nova no setor de utilidades domésticas, a metalúrgica tem 35 anos. Nas primeiras três décadas, produzia fiações elétricas. "Decidimos mudar de ramo após a crise gerada pelo confisco no governo Collor (1990-1992)." A conversão da empresa só foi possível, segundo ele, porque muitos equipamentos e máquinas puderam ser reaproveitados. "Mesmo assim, tivemos de terceirizar várias etapas da produção, como a pintura", afirma ele, que comanda a empresa em família, junto com o sogro e o cunhado. Valeu a pena mudar? Segundo eles, sim. "Mas o setor de utilidades domésticas também é difícil. Há muita concorrência." Texto Anterior: Televenda alavanca lucro Próximo Texto: Fábrica de troféu vende tradição Índice |
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