São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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Fábrica de troféu vende tradição

DA REPORTAGEM LOCAL

O velho troféu empoeirado da estante pode ser um exemplo de que, para vender certos produtos considerados "supérfluos", o fabricante também precisa construir um nome tradicional no mercado.
A Panelli está no ramo há 84 anos. O economista Ricardo Panelli, 24, diretor de produção da metalúrgica que leva seu sobrenome, faz parte da quarta geração da família no comando dos negócios.
"O troféu é um produto antigo, mas que nunca vai sair de moda. Por isso, a tradição conta muito."
Segundo ele, a "Vitória Americana" -uma mulher com asas segurando um ramo de oliveira- e o jogador de futebol chutando a bola estão entre os mais vendidos.
"A montagem de certos moldes é quase artesanal." Entre as criações mais diferentes, diz ele, estão uma ponte e um tambor de uísque.
Outras figuras que sempre viram tema para troféus são cabeças de cães, produzidas para concursos de animais. Uma peça única de mármore e bronze fabricada pela Panelli custa em média R$ 50.
Na contramão das empresas tradicionais, o empresário Márcio Marques de Oliveira, 45, decidiu ser um novo fabricante de troféus.
"Trabalhei cinco anos como representante de marcas conhecidas. Agora estou montando meu próprio negócio." Ele diz que não espera gastar menos de R$ 30 mil para equipar a nova fábrica.
Para ele, fabricar uma peça exclusiva está descartado. "O molde custa caro. Quem começa precisa trabalhar com quantidade."

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