São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Consumo desequilibrou

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O aumento do consumo decorrente da estabilização da inflação foi uma das peças-chave no desequilíbrio da balança comercial verificado a cada ano desde 1994.
Provocou, essencialmente, crescimento nas importações. Mas, em menor grau, freou o embarque de mercadorias destinadas ao exterior, que acabaram consumidas no mercado interno.
O abastecimento de boa parcela do mercado interno com produtos estrangeiros tornou-se imprescindível à política de estabilização de preços logo no início do plano.
A abertura comercial, adotada a partir de 89, colaborou -até que as contas sugeriram intervenções sucessivas. Em setembro de 94, a tarifa média de importação havia caído para 11,3%, quando alcançava 35,5% em 89. Desde abril de 95, se mantém em 12,6%.
Em uma primeira etapa, até o final de 95, o déficit na balança comercial refletiu parte do aumento de consumo de alimentos e também de automóveis.
Em 94, o país registrou o primeiro déficit da década, de US$ 809 milhões -resultado do aumento de 76,9% das importações e de apenas 8,9% nas exportações sobre 1993.
No ano seguinte, depois de reajustes na tarifa média de importação e da adoção de um regime automotivo, as compras externas caíram 13,1%, em relação a 95, e o saldo negativo retrocedeu a US$ 52 milhões.
A partir do início de 96, o desequilíbrio surgiu basicamente como resposta à forte demanda por bens de consumo duráveis -eletroeletrônicos e automóveis, principalmente.

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