São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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SP terá feriado para celebrar revolução

Data magna será em 9 de julho

RICARDO FELTRIN
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo vai comemorar no próximo dia 9 seu primeiro feriado estadual. O dia 9 de julho passa a ser a data magna do Estado, e será o 11º feriado oficial aproveitado pelos paulistas.
O projeto que criou o feriado, de autoria do deputado estadual José Guilherme Gianetti (PMDB), foi aprovado em 96. O governador Mário Covas (PSDB) assinou o decreto em 5 de março. Gianetti quis homenagear São Paulo.
Para apresentar o projeto, Gianetti baseou-se em um item da Constituição Federal de 88, que permitiu que cada Estado tenha um feriado oficial por ano -trata-se de sua data magna.
Até 1988, os Estados não tinham direito a datas que pudessem se transformar em feriados.
A primeira regulamentação completa de feriados ocorreu em 1949, na lei 662 assinada pelo então presidente Eurico Dutra. Tal lei previa seis feriados nacionais e quatro feriados municipais.
Em 13 de janeiro de 94, regulamentação de itens da Constituição de 88 passou a permitir anualmente 15 feriados e pontos facultativos na administração federal.
Em seu primeiro ano, o feriado vai cair numa quarta-feira e, por isso, dificilmente será "emendado" na maioria das empresas.
No entanto, para o próximo ano, alguns líderes metalúrgicos do ABCD pretendem propor às empresas a compensação de alguns minutos, diariamente, antes do feriado, para que os trabalhadores possam emendá-lo.
Os feriados nacionais são os seguintes: 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 15 de novembro e 25 de dezembro. Os municipais serão os dias 25 de janeiro, a Sexta-feira da Paixão, Corpus Christi e 2 de novembro (Finados).
9 de julho
O dia 9 de julho de 32 é considerado o dia-símbolo da chamada revolução constitucionalista. Os paulistas, depois de não terem sido atendidos em seus pedidos de imediata constitucionalização do país, pegaram em armas.
O movimento teve apoio popular e foi comandado pela elite política. O Estado já não tolerava as interferências de "tenentes" na política paulista, os choques entre jovens e representantes do governo, além da negativa federal de dotar São Paulo de um governador.

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