São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997 |
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Para UNE, estudantes foram coagidos LUCIA MARTINS LUCIA MARTINS; RONI LIMA
Esse é o resultado do "provão paralelo" realizado pela UNE (União Nacional dos Estudantes) no último domingo. Em São Paulo, a entidade distribuiu 500 questionários -com cinco perguntas- e teve a resposta de 470 formandos que fizeram o provão em uma escola na avenida Paulista (região central de SP). A UEE (União Estadual dos Estudantes) afirma que também obteve 95% de respostas "não" quando perguntou se o provão avalia as universidades. "Com esse questionário, ficou claro que os formandos eram contrários ao teste", afirmou o presidente da UEE, Anderson Marques. A entidade também perguntou de quem era a culpa pelo altos índices de analfabetismo no país: "Do MEC ou do povo?" Segundo Marques, 80% responderam que a culpa é do ministério. O ministro Paulo Renato Souza "não tem razão" para 80% dos formandos que responderam à seguinte questão: "O MEC diz que os recursos investidos hoje já são suficientes. Você considera que o ministro da Educação tem razão?" E, por fim, 70% dos ouvidos em São Paulo disseram que não acham que o MEC se aplica para garantir vagas para todos nas instituições públicas. O presidente da UNE, Orlando Silva Júnior, 26, disse ontem "estar feliz" com a repercussão das manifestações dos estudantes. "Conseguimos mostrar as nossas críticas e, com a pesquisa, fica claro que os formandos só fizeram o teste porque foram pressionados." Segundo ele, houve "três grandes pressões: a legal (a necessidade do diploma), a social (da faculdade) e a econômica (do mercado de trabalho)". Ele acredita que a crítica feita pela UNE ao provão é hoje "a mesma feita por educadores no mundo todo e até pelos reitores". No Rio, o provão também foi reprovado pelos formandos. No questionário respondido por 237 alunos, havia uma pergunta sobre a nota que deveria ser dada para a política do ministro. Deram nota abaixo de cinco para ele 91% dos alunos, segundo a UEE do Rio. Colaborou Roni Lima, da Sucursal do Rio Texto Anterior: Boicote ao provão foi de 2,5%, diz MEC Próximo Texto: Telebrás, rapadura é doce, mas não é mole não Índice |
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