São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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PDT admite integrar governo

LUCIO VAZ; CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DO ENVIADO ESPECIAL E DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

O PDT deu ontem o primeiro sinal concreto de apoio ao governador Paulo Afonso Vieira (PMDB).
O deputado Jaime Mantelli votou pela exclusão do vice-governador do processo de impeachment, mantendo o PMDB no poder.
Antes da votação, o PDT já dava sinais de que cederia aos acenos de Vieira, que abriu espaço em seu secretariado para atrair PFL, PSDB e PDT. Segundo o deputado federal Dércio Knop, presidente do partido no Estado, o PDT quer "integrar por inteiro" o governo, ocupando cargos importantes.
Knop admitiu a mudança de posição sobre o impeachment de Vieira. "Com a reaproximação, pelo menos um dos nossos deputados (Mantelli e Afonso Spaniol) não teria dificuldades de mudar de posição (eles votaram pela abertura de processo contra Vieira)."
Knop afirmou que, na próxima segunda, a executiva do PDT vai tratar da adesão a Vieira.
O governo conta como certa a presença do ex-senador Nelson Wedekin (PDT) no secretariado.
Ele disputou o governo em 94, mas se aproximou do governador no último ano. Vieira espera que Wedekin, com bom trânsito no Senado, ajude a liberar R$ 330 milhões que foram bloqueados após a emissão de títulos do Estado.
Além das secretarias, Vieira poderá usar R$ 50 milhões para beneficiar obras de interesses dos deputados que o ajudarem a derrubar o processo de impeachment.
(LUCIO VAZ e CARLOS ALBERTO DE SOUZA)

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