São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997 |
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Como funciona o mercado paralelo de ações 1- Até o dia 30 de junho deste ano, as telefônicas cobravam R$ 1.117,63 dos assinantes para financiar a instalação das linhas. Em contrapartida, elas se comprometiam a devolver o valor do financiamento em ações da Telebrás ou da telefônica local. 2- Com a perspectiva de privatização do Sistema Telebrás, as ações tiveram grande valorização nas Bolsas de Valores. Só neste ano, subiram mais de 100%. 3- Em busca de lucro fácil, intermediários passaram a comprar os direitos sobre as ações de pessoas que quitaram planos de expansão e ainda não haviam recebido os títulos. 4- No Rio de Janeiro, os intermediários chegaram a pagar R$ 700,00 pelo direito às ações previstas em cada plano de expansão da Telerj. Os negócios são feitos por escritórios especializados em especular com ações do Sistema Telebrás. 5- Eles atraem seus clientes por anúncios e pela abordagem direta das pessoas que procuram o serviço de atendimento aos acionistas das teles. 6- No interior de São Paulo, escritórios de contabilidade e até imobiliárias compraram direitos de assinantes da Telesp por R$ 500,00, em média. 7- O comprador paga em dinheiro, mas, em contrapartida, exige uma procuração do vendedor, dando-lhe amplos poderes para transferir as ações para o seu nome ou para revendê-las no mercado. Fica também com cópia da identidade e do CPF do vendedor. Texto Anterior: Deságio na venda de ações superava 50% Próximo Texto: Gafe de Motta irrita Fernando Henrique Índice |
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