São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997 |
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Navio derrama 13.400 t de petróleo no Japão
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Um navio-tanque encalhou ontem na baía de Tóquio e provocou o pior vazamento de petróleo da história do Japão -13,4 mil toneladas de sua carga foram ao mar.As rachaduras provocadas pelo encalhe foram vedadas uma hora e meia depois. O Japão mobilizou mais de 300 navios para combater a crescente mancha de petróleo, que, até ontem, ocupava 65 km². Ventos fortes levavam o petróleo para o norte da baía, em direção ao centro de Tóquio. Parte do petróleo atingiu três praias da região. O premiê Ryutaro Hashimoto disse que o vazamento do Diamond Grace, um navio de bandeira panamenha operado pelo Japão, é um desastre nacional. Hashimoto pediu à polícia e aos militares japoneses e norte-americanos presentes no país que participem das operações de limpeza. Foi o segundo vazamento de petróleo de grandes proporções no país neste ano -em janeiro último, o cargueiro russo Nakhodka afundou e deixou vazar 5.200 toneladas de sua carga. "Nós estamos conscientes de que este é o pior acidente da história do Japão", disse Makato Koga, ministro dos Transportes do país. "É muito difícil determinar a causa do acidente", disseram autoridades marítimas japonesas. Nas suas partes mais rasas, a baía de Tóquio tem apenas 12 m de profundidade. A navegação na área, porém, é feita por canais e ajudada por instrumentos de navegação. "O navio pode ter usado uma rota não recomendada", afirmou uma autoridade de Tóquio. O barco encalhou a 6,5 km de Yokohama. Horas depois do acidente, alunos de uma escola de Edogawa, distrito de Tóquio, reclamaram de tonturas, provavelmente provocadas pelos gases liberados pela mancha de petróleo -13 deles foram levados a um hospital. Diversos habitantes da área ao redor da baía, densamente povoada, telefonaram para a polícia e para o corpo de bombeiros reclamando de um odor repugnante. O Diamond Grace, que carregava cerca de 257 mil toneladas de petróleo cru dos Emirados Árabes Unidos (carga no valor de US$ 35 milhões), conseguiu mais tarde se desencalhar e seguir sua rota. Texto Anterior: Argentina prepara medidas para combater o desemprego Próximo Texto: OUTROS ACIDENTES Índice |
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