São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997 |
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A briga pelo poder na Suframa Durante o governo FHC A escolha . Em maio de 96, o ministro do Planejamento, José Serra, nomeia Mauro Costa, um funcionário do ministério, superintendente da Suframa . Costa assume com poderes de intervenção, a fim de solucionar supostas irregularidades no órgão Mudança de chefe . Serra deixa o ministério para concorrer à Prefeitura de São Paulo. É substituído pelo deputado federal Antonio Kandir (PSDB) Procurando encrenca . De maio a dezembro de 96, a Suframa, sob o comando de Costa, bloqueia os cadastros de 60 empresas e cassa os incentivos de 10 . Além disso, são demitidos 70 funcionários da Fucapi, entre os quais uma irmã e uma sobrinha do governador do AM, Amazonino Mendes . Em fevereiro deste ano, a Suframa e a Receita Federal iniciam devassa na região . No dia 4 de março, Costa propõe, em reunião do Conselho de Administração da Suframa, o fim do controle do governo estadual sobre as verbas para investimento do órgão -em oposição aos interesses de Amazonino A reeleição . Em 28 de janeiro de 97, a Câmara aprova, em primeiro turno, a emenda que permite a reeleição de FHC . Amazonino Mendes é apontado como o principal responsável pelo apoio maciço dos deputados dos Estados da região Norte . Corre a versão de que uma das exigências de Amazonino para trabalhar a favor da emenda seria a indicação de um novo superintendente para a Suframa A reação de Amazonino . Após a votação da emenda da reeleição na Câmara, crescem as pressões de Amazonino pela destituição de Costa . Em 9 de maio, Kandir assume que está sofrendo pressões pela demissão; cinco dias depois, volta a admitir a existência dessas pressões . Em 19 de maio, Amazonino pede publicamente a saída de Costa, apesar de dizer que não tem interesses na Suframa . O PFL do Amazonas (partido de Amazonino) divulga, no dia 22, documento em que Costa é acusado de viver com mordomias em Manaus. Costa nega as acusações A queda anunciada . Em 23 de junho, Amazonino depõe à CCJ sobre o escândalo da compra de votos pela reeleição. Para tanto, teria acertado com o governo a queda de Mauro Costa . Quatro dias depois, FHC confirma que Mauro Costa será substituído. O motivo, segundo ele, foi ter se envolvido com o secretário-geral do PSDB, Arthur Virgílio (AM). Os dois visitaram o presidente em Brasília. FHC diz que Costa tinha ordens de não se envolver com políticos da região . No dia 30, FHC diz que a substituição de Costa responde a critérios técnicos, mas não diz quais são esses critérios. O presidente é criticado pela por tucanos do Amazonas, como a deputada Alzira Éwerton A compra dos votos . Em 13 de maio, a Folha revela gravações em que os então deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL-AC, admitem ter vendido, por R$ 200 mil, seus votos a favor da emenda que permite a reeleição de FHC . Amazonino é apontado como um dos responsáveis pelo negócio . O PFL expulsa os dois deputados, mas não toma nenhuma atitude contra Amazonino Amazonino nega envolvimento e não vai depor à comissão de sindicância da Câmara que investiga o caso. A princípio, também se recusa a depor à CCJ . Na semana passada, Amazonino muda de idéia e depõe à CCJ Texto Anterior: Governo recua e mantém chefe da Suframa Próximo Texto: Nota estraga operação e põe situação em suspenso Índice |
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