São Paulo, sexta-feira, 4 de julho de 1997
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Votação gera crise no PFL

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

A não-abertura do processo contra o vice-governador José Augusto Hulse (PMDB) gerou uma crise no PFL catarinense.
Na sessão de anteontem, quando a abertura do processo não foi aprovada, os oito deputados pefelistas se retiraram e não votaram. Ontem, o deputado Júlio Teixeira disse que vai tomar providências na comissão de ética do PFL para "depurar" o partido no Estado.
Teixeira defende que o partido tenha candidato próprio na eleição de 98 e foi o relator da comissão que pediu a cassação de Hulse e do governador Paulo Afonso Vieira (PMDB).
Ele não quis revelar nomes de envolvidos nas suas acusações ou se alguns deles estão no seu próprio partido. Mas afirmou que não quer nem ouvir o nome de seu colega de partido Onofre Agostini e que não aceita mais a sua liderança.
Agostini é o líder do PFL na Assembléia e manifestou diversas vezes que gostaria de votar contra o impeachment.
Ontem, Teixeira se disse frustrado. "Tem gente hoje contando dólares, e isso me dói."
Sobre a votação de anteontem, disse que pediu para votar, mas não desceu até o plenário "por respeito" aos deputados do PFL Norberto Stoisch e Pedro Bittencourt, presidente regional do partido. Também afirmou que vai fazer "oposição ferrenha" ao governo.
Os oito deputados pefelistas foram unânimes ontem ao dizer que o partido se retirou da votação de quarta-feira a fim de manter a unidade interna.
Assessores do partido na Assembléia afirmaram à Agência Folha que foi constatado o risco de que quatro deputados votassem a favor, e outros quatro, contra a abertura do processo.
Pedro Bittencourt negou ontem que tenha havido um favorecimento do PFL ao governo e disse que abandonará a presidência do partido se houver uma aproximação com o governo estadual.
(LG)

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