São Paulo, domingo, 6 de julho de 1997
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Turista alimenta mercado ilegal de animais

The Independent
de Londres

KIM SENGUPTA

Quando os agentes da alfândega britânica quebraram duas estatuetas no aeroporto de Heathrow, não encontraram maconha, sua suspeita inicial, mas um contrabando muito mais lucrativo: o de chifre de rinoceronte.
Os chifres são vendidos a US$ 12.000 o quilo. A maconha renderia cerca de US$ 5.000 o quilo. O carregamento vindo da África do Sul e, interceptado em Londres a caminho de Taiwan, ilustra a quantidade de dinheiro envolvida no mercado negro de espécies em extinção.
Marfim, couro de crocodilo, pele e ossos de felinos de grande porte, corais e cascos de tartaruga, todos são procurados por colecionadores e comerciantes. Mas o contrabando não se dá apenas em escala comercial.
Parte dos artigos apreendidos no Reino Unido é trazida por turistas que compraram os produtos como suvenires no exterior.
Apesar das restrições internacionais, nada impede que turistas comprem diversos produtos nos mercados internos. Cifras recentes mostram que, de 95 a 96, a alfândega britânica apreendeu 12.178 itens derivados de espécies ameaçadas, 4.374 animais vivos e 2.748 plantas.
Para chamar atenção para o problema, o Museu de História Natural abriu exposição em museu de Londres. O objetivo principal é informar as pessoas que viajam ao exterior sobre espécies ameaçadas e desaconselhá-las a voltar com produtos feitos dessas espécies.
Dawn Primarolo, do Tesouro britânico, explica: "A exposição vai ajudar a conscientizar o público".

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