São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

2.000 esperam órgãos na Bahia

CHRISTIANNE GONZÁLEZ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Na Bahia, onde foram realizados 240 transplantes de órgãos nos últimos cinco anos, ainda não há o cadastro único de receptores, segundo informações da Central de Transplante de Órgãos do Estado.
O diretor do órgão, Paulo Muniz de Aragão Porciuncula, estima que cerca de 2.000 pessoas necessitam de doação de órgãos na Bahia.
"É difícil fazer um cadastro único porque muitos dos receptores em potencial vivem em zonas rurais ou cidades pequenas e não têm acesso à informação."
Segundo o diretor, o Estado tem muitas dificuldades para a realização de transplantes. "Nenhum hospital público da Bahia tem condições de fazer transplantes e apenas quatro hospitais particulares são adequadamente equipados."
Porciuncula disse também que a central trabalha com cinco equipes médicas cadastradas.
O coordenador estadual de campanhas da Central de Transplantes, César Mello, disse que o número de doadores no Estado vem diminuindo a partir da criação da nova lei. "Recebemos muitos telefonemas de doadores já cadastrados, que pediram para retirar seus nomes porque não aceitam a imposição do governo."
Segundo Mello, a realização de campanhas de esclarecimento é fundamental para o êxito da lei. Mello disse que em duas campanhas na Bahia, em 94 e 96, a central cadastrou 13 mil doadores. Na Bahia, só são feitos transplantes de rim, coração e córnea.

Texto Anterior: Fígado faz homem vir para SP
Próximo Texto: Rio deve enfrentar hoje mais um dia de paralisação do metrô
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.