São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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Mortes em Bangu 2 chegam a 5

DA SUCURSAL DO RIO

A suspeita policial de que mais mortes ocorreriam em Bangu 2 se confirmou ontem. Os presos Robson Galdino de Oliveira e Amílton Pacheco foram mortos às 12h30, enforcados por lençóis amarrados como cordas.
Anteontem, na penitenciária, três presidiários foram mortos da mesma maneira: Celso Moreira, o Celsão, Alfredo Gonçalves Alves e Cléber Ferreira dos Santos.
Oliveira, 29, estava pendurado nas grades da cela 30 da galeria 12. Cumpria pena por tráfico de drogas, formação de quadrilha e homicídio. Sua condenação expiraria em 2043.
Pacheco, 32, morreu enforcado na cela 28 da galeria 16. Ele ficaria preso até 2003, condenado por tráfico de drogas.
Anteontem, policiais da 34ª DP (Delegacia de Polícia) disseram que dez presidiários estavam jurados de morte em Bangu 2.
Os ameaçados seriam do CV (Comando Vermelho), facção do crime organizado. As ameaças estariam partindo dos rivais do CVJ (Comando Vermelho Jovem), também apontados pela polícia como suspeitos pelos assassinatos.
Ontem, o secretário estadual de Justiça, desembargador Jorge Loretti, negou que haja uma disputa entre facções criminosas nas penitenciárias cariocas. Loretti creditou as mortes a desentendimentos entre presidiários.
"A hipótese real é inimizade pessoal, não de comandos externos à cadeia. Não existem organizações como dizem", afirmou.

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