São Paulo, quarta-feira, 9 de julho de 1997
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'Modernização' é principal alvo

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto de lei do esporte, que chega ao Congresso no dia 1º, objetiva empurrar o esporte, principalmente o futebol, no rumo que, na opinião do ministro Edson Arantes do Nascimento, é o da "modernização": clubes-empresa, fim do passe dos jogadores e independência dos tribunais esportivos em relação às federações.
Por meio de um projeto de lei, Pelé pretende implantar no Brasil os mecanismos baseados em princípios de livre mercado que regem o futebol europeu.
Os artigos sobre a transformação dos clubes em empresas abrem o futebol aos investidores externos. A expectativa do ministro é que, num futuro próximo, empresas e fundos de investimentos comprem cotas dos times de futebol.
Para forçar os clubes a adotarem esse sistema, foi criado um estímulo ao revés. Quem não se adaptar perderá a isenção fiscal.
Com outros artigos, ele busca cumprir a promessa de não ser mais "omisso" em relação à situação dos jogadores. A criação de juntas trabalhistas para o esporte e a suspensão de clubes que atrasam salários são exemplos.
Há também a possibilidade de terceirização da arbitragem. O objetivo é tornar os juízes independentes das cúpulas das federações.
O escândalo envolvendo o ex-chefe da arbitragem da CBF, Ivens Mendes, fez Pelé ganhar o apoio do presidente da República. Se Fernando Henrique Cardoso determinar urgência, o projeto será votado em setembro.
(MD)

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