São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997 |
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Presidente afirma que o Cade não sofre influências políticas
WILLIAM FRANÇA
Segundo FHC, essa estrutura é o modelo de um novo Estado que ele quer implantar, sem "influência político-partidária ou mesmo a político-burocrática". Ontem, o presidente abriu o 3º Seminário Internacional de Direito da Concorrência, promovido pelo Cade. "A sociedade percebe que se trata de um órgão onde as influências político-partidárias não devem existir, e não existem, e são poucas as influências burocrático-políticas de quem quer que seja, até do presidente ou do ministro. Algo que realmente vale pela sua capacidade técnica, pela sua independência e pelo seu respeito à inspiração constitucional", disse FHC. Sem citar o caso da Suframa -em que o governo ameaçou demitir o superintendente por pressão do governador do Amazonas e depois recuou-, o presidente disse que isso "é o lado velho do Brasil que vai ter de ser mudado". Segundo FHC, a política deve existir somente "na condução geral das linhas de governo, não na definição somente obsessiva de 'quem vai para cá, lá ou qual, e que decisão vai interessar a quem"'. FHC deu exemplos de mudanças que estariam ocorrendo na distribuição de recursos para a saúde e educação. "As decisões já não passam, pelo menos com tanta força como no passado, em função de interesses que se localizam no clientelismo, na força de favores." Para o presidente, a nova estrutura do Cade - "que está fazendo um trabalho excepcional" e "que em 200 dias foram feitos mais que nos últimos 20 anos"- é o modelo das novas estruturas que ele pretende criar, como as agências reguladoras que vão acompanhar os setores de energia, de petróleo, de telecomunicações e elétrico. Texto Anterior: Presidente faz 'corpo-a-corpo' por reforma Próximo Texto: Ministros negociam votos com Universal Índice |
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