São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Bradesco tem lucro recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

O Bradesco fechou o balanço do ano passado registrando o maior lucro da história das empresas privadas brasileiras: embolsou, no período, US$ 793,5 milhões.
Com esse resultado, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido foi de 15,1%, acima da média histórica de rentabilidade do banco, de 13%.
Parte substancial desse resultado -aproximadamente um terço do total- se deve a uma operação de venda ao Banco Central de créditos de R$ 1 bilhão que o banco tinha contra o FCVS (Fundo de Compensação de Variação Salarial).
Esse fundo é o mecanismo do Sistema Financeiro da Habitação que compensa as prestações dos mutuários de acordo com os reajustes salariais.
"Parte do resultado do banco veio da operação de venda de créditos do FCVS. Mas a outra parte veio do corte de gastos e do aumento da produtividade", afirma o presidente da instituição, Lázaro Brandão.
Esse aumento de produtividade foi obtido em áreas como as de seguros e previdência e ainda com capitalização.
Para este ano, avalia Brandão, deve aumentar a participação do lucro decorrente de operações de crédito, que no ano passado ainda sofriam algumas restrições, principalmente por conta da inadimplência alta e da incidência pesada de empréstimos compulsórios sobre os depósitos.
Com esse aumento da participação do crédito, o banco pretende conseguir ainda, diz Brandão, pulverizar os riscos.
"A área de crédito é considerada prioritária para o Bradesco; por isso, deverá certamente crescer mais", considera.
A estratégia do banco para continuar na liderança inclui, ainda, manter o ritmo de crescimento da rede de agências da instituição, que anda atualmente na casa de uma nova unidade por semana.
E também continuar investindo na automação, que hoje já faz com que 60% das operações dos clientes pessoas físicas sejam feitas usando o auto-atendimento.

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