São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Em 96, queda matou 99

ADRIANA BRUNO
DO BANCO DE DADOS

Há pouco mais de oito meses, no dia 31 de outubro de 96, o Fokker-100 da TAM, com prefixo PT-MRK, que ia de São Paulo para o Rio de Janeiro, caiu logo após a decolagem, próximo ao aeroporto de Congonhas (zona sul de SP), atingindo dez carros, dois prédios e sete casas. Morreram 99 pessoas.
Simulações feitas por técnicos da TAM e da Fokker -empresa holandesa que fabrica os aviões-, demonstraram que o funcionamento indevido de um relé provocou a abertura do reverso direito do jato.
Reverso é um equipamento que auxilia na freagem do avião e só deve abrir durante o pouso.
Um computador de bordo fez com que o reverso se fechasse, mas, por causa do defeito eletromecânico na válvula, voltou a abrir pelo menos mais duas vezes.
Sem condições para estabilizar o avião, o piloto José Antônio Moreno teria tentado voltar ao aeroporto de Congonhas, sem sucesso.
Além dos passageiros e tripulantes, duas pessoas que estavam na rua Luís Orsini de Castro morreram.
A posição em que os corpos foram encontrados apontou que as vítimas foram avisadas da queda.
O acidente com o Fokker-100 da TAM foi o segundo maior do Brasil. O maior aconteceu em 8 de junho de 1982, quando um Boeing-727 da Vasp chocou-se com um morro na serra de Pacatuba, próximo a Fortaleza (CE). Morreram 142 pessoas -133 passageiros e nove tripulantes.

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