São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Reativação econômica não absorve jovens

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A reativação da economia brasileira a partir de 93 foi incapaz de elevar o nível dos empregos formais ocupados por trabalhadores adultos, deslocando o excesso de mão-de-obra à informalidade.
A consequência é que a maioria dos jovens que se preparavam para ingressar no mercado de trabalho tiveram de ser absorvidos pelos serviços domésticos e pelos pequenos estabelecimentos. O mesmo ocorreu com os adultos que estavam excluídos do mercado.
A conclusão é de pesquisa sobre o aumento da informalidade no Brasil nos anos 90 -divulgada ontem no seminário promovido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A pesquisa -dos professores Paulo Baltar e Claudio Dedecca, do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas)- aponta que os jovens ocuparam sobretudo as vagas existentes nos pequenos negócios.
Já entre os trabalhadores não-agrícolas de 25 a 55 anos, 61% das novas vagas foram ocupadas por empregadores, trabalhadores autônomos e domésticos.
A pesquisa conclui ainda que o salário dos trabalhadores do setor formal foi pouco afetado pela retomada do crescimento econômico. Já os trabalhadores do setor informal tiveram ganho salarial, sobretudo os empregadores e os trabalhadores autônomos, que ganham 15,3% mais atualmente.
A remuneração dos trabalhadores como um todo -tanto do setor formal quanto informal- aumentou 6% entre 92 e 95.

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