São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 1997
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Governo espera obter R$ 6 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo espera arrecadar cerca de R$ 6 bilhões com a venda das concessões da banda B. Até ontem, o governo havia arrecadado R$ 3,236 bilhões com a venda de três concessões.
As áreas que serão atendidas pela iniciativa privada dentro de um ano são as seguintes: 7 (região Centro-Oeste); 1 (região metropolitana de São Paulo) e 9 (Bahia e Sergipe). Faltam seis das dez áreas estabelecidas pelo Ministério das Comunicações para serem repassadas à iniciativa privada.
Apenas na área 8 (região Norte) não houve interessados, porque o preço mínimo de R$ 200 milhões foi considerado alto pelo mercado. Haverá nova licitação para essa área.
O dinheiro arrecadado das concessões irá para o Fundo de Fiscalização de Telecomunicações do ministério. O órgão usará o recurso para comprar equipamentos, no valor de R$ 50 milhões, para fiscalizar as empresas que atuam no ramo de telecomunicações no Brasil.
O dinheiro também será aplicado na criação da Agência Nacional de Telecomunicações, que irá regulamentar e fiscalizar o setor após a privatização da Telebrás. O restante do dinheiro das concessões será destinado ao Tesouro Nacional.
Com a abertura do mercado, os preços das linhas celulares serão reduzidas e a demanda, segundo promessa dos consórcios vencedores, será plenamente atendida até o ano 2.000.
O consórcio Americel, vencedor na área 7, por exemplo, vai cobrar R$ 158,40 pela habilitação de uma linha celular da banda B em novembro de 1997.
Esse valor é 52% mais baixo do que o preço cobrado pela empresa estatal Telebrasília (custo de R$ 330). Os impostos não estão incluídos nesses valores.
As tarifas na área 7 vão cair, em média, 52%. A assinatura mensal será, segundo o Americel, de R$ 17,41, enquanto que a da Telebrasília é de R$ 25.
A Telebrasília prometeu reduzir os preços para competir com a iniciativa privada.
O Ministério das Comunicações pretende privatizar a banda A (parte estatal da telefonia celular) até o primeiro semestre de 1998.
Os investimentos anunciados pelos consórcios vencedores das três concessões vendidas somam, no total, R$ 1,2 bilhão até o ano 2.000.
O BCP, vencedor da área 1, prometeu investir R$ 600 milhões nos próximos dois anos. O consórcio Vicunha (área 9), vai aplicar R$ 300 milhões. O Americel (área 7) deve investir R$ 400 milhões wm três anos.
Apenas nos três consórcios, haverá a criação de aproximadamente 5.000 empregos diretos. Os empregos indiretos podem chegar a 20 mil, segundo especialistas do setor.
Todos os dirigentes desses consórcios dizem que querem "massificar" a telefonia celular. As tarifas devem ser mais baratas e a tecnologia deve ser superior a da banda A.

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