São Paulo, sexta-feira, 11 de julho de 1997
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Parrilha revela o churrasco argentino

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Num dicionário brasileiro, a palavra parrilha existe - mas não no sentido que os argentinos dão a sua "parrilla", o churrasco. Mas a grafia aportuguesada serviu para dar nome ao restaurante Parrilha Argentina.
Instalada há um ano e meio no Jabaquara, a churrascaria em muito faz jus ao nome. Pela nacionalidade do sócio Odilio Cristiolo e pela vivência argentina do outro, Marcos Gancedo. Pela grelha de canaletas típica das casas de "parrilla" (embora aqui se utilize o carvão, não a lenha). Ou pela origem argentina da carne de novilho empregada na casa.
Seu ambiente de absoluta informalidade, embora em sacrifício do conforto, também é atraente: come-se num terraço ou num salão interno com mesas muito próximas, sem requintes nas louças, toalhas ou talheres. O que pode ser relevado, já que os preços, afinal, são condizentes com as instalações e o serviço. E a carne, no geral, compensa a expectativa.
A Parrilha trabalha com cortes de novilho argentino. Promete, mas raramente cumpre, a presença de miúdos tradicionais no churrasco argentino, que dificilmente chegam ao Brasil. Mas serve alentadas porções de cortes, como o bife de "chorizo" (centro do contrafilé) ou seu miolo (o bife ancho) - também apresentado numa versão menor, só o medalhão da peça.
Os cortes prediletos dos brasileiros também não faltam, como "tapa de cuadril" (picanha) ou fraldinha. As hamburguesas (hambúrgueres), para os paladares mais juvenis, ou o salmão com tomates verdes grelhados, para os mais recatados, também são oferecidos.
No relativo tumulto do restaurante, entre taças de vinho argentino vendidas a preços razoáveis, vale experimentar o chouriço, um embutido de sangue de porco, ou um pão de alho servido bem quente. São bons preâmbulos para a carne, que pode ser grelhada de forma irregular mas, no mais das vezes, costuma ser suculenta o bastante para honrar a tradição que o restaurante representa.
(JM)

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