São Paulo, domingo, 13 de julho de 1997 |
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Locomotiva industrial; Apertando margens; Crescimento desigual; Fim do túnel; Hora H; Bola da vez; Na frente; "Risco Brasil"; Às causas; Na lua; De portas fechadas; Pregando a união; Guerra de presidentes; Multiplicação de dívida; Máquina do tempo; Coisas da vida; Na balança; Levando a conta Locomotiva industrial A indústria vai puxar o crescimento do PIB em 97, que ficaria em 3,7%, diz a MB Associados. A indústria cresce 4,9%, a agricultura, 4,6%, e os serviços, 2,4%. Apertando margens Para a MB Associados, a queda do ritmo de crescimento de serviços é um reflexo do processo de ajuste de preços. Crescimento desigual Indústria automotiva, agroindústria e construção civil puxam, segundo a MB Associados, o crescimento do PIB industrial. Fim do túnel Para Mauro Schneider, economista do ING Barings, o país tem condições de financiar a transição. "O dilema é que não está claro se o Brasil que estará do outro lado da ponte será ou não diferente daquele que está deste lado." Hora H Segundo George E. Roth, presidente da Ernst & Young, "o déficit em conta corrente não preocupa as grandes empresas, já que é financiável por mais dois anos. Depois, a situação terá de mudar." Bola da vez Das 500 maiores empresas do mundo, 120 são clientes da Ernst & Young. "A cada mês, duas ou três novas empresas -grandes e pequenas- demonstram interesse em vir ao Brasil", diz Roth. Na frente Para Joaquim Elói Cirne de Toledo, vice-presidente da Nossa Caixa-Nosso Banco, os investidores locais são sempre os primeiros a entrar em pânico, como demonstram México e países asiáticos. "Risco Brasil" No Brasil, é irrelevante se o dinheiro dos estrangeiros é de curto ou longo prazo, diz Toledo. "As aplicações dos investidores locais somam R$ 343 bilhões e são de curto prazo. Se 20% correr para o dólar, o país perde instantaneamente todas as reservas." Às causas Os instrumentos usados até agora pelo governo para reduzir o déficit fiscal estão esgotados, diz Raul Velloso. "Os juros não vão cair mais e não é mais viável manter congelados os salários. Agora, só resta atacar a raiz do problema." Na lua A raiz do déficit, para Velloso, são as quatro contas abertas do Orçamento (Previdência, saúde, seguro-desemprego e assistência social), que somam 70% das despesas totais. "Sem mudanças, esses gastos vão continuar subindo e vão levar o déficit para o espaço." De portas fechadas Moreira Ferreira fez reunião com cerca de dez empresários de peso dos setores de bebidas, eletroeletrônicos, plásticos, entre outros, para discutir sua sucessão na Fiesp e no Ciesp. Pregando a união Enquanto os empresários declararam suas simpatias, Moreira Ferreira disse estar preocupado com a união entre as entidades. Guerra de presidentes Medeiros pode disputar com Vicentinho o voto do eleitorado em 98. É candidato a deputado federal, por enquanto pelo PTB. Mas, diferentemente do rival da CUT, não deve deixar a sua central, a Força Sindical, neste ano. Multiplicação de dívida Nas contas de bancos, a famosa dívida da Velha República atualizada soma só 7% do valor alegado pelos defensores do seu ressuscitar como "moeda" na privatização. Máquina do tempo Detalhe lembrado: foi dado aos detentores de dívidas da Velha República a possibilidade de convertê-las em ORTNs pelo governo do general Castello Branco. O prazo de conversão já caducou. Coisas da vida O banco que previu, em 96, que o país fecharia 97 com déficit comercial de cerca de US$ 12 bilhões e rombo na conta corrente ao redor de 4,5% do PIB e decidiu, por isso, ter uma política de aplicações defensiva, perdeu rios de dinheiro. Na balança O déficit comercial de julho somou até quinta US$ 180 milhões. Levando a conta O Itaú entregou a conta do Banerj -que continua com o mesmo nome por dois anos- à DPZ. E-mail: painelsa@uol.com.br Texto Anterior: Indústria puxa freio neste semestre Próximo Texto: Mendicância Índice |
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